segunda-feira, 6 de maio de 2013

STODGY: RESENHA DO CD RAIN OF HATE


Após o último show da Stodgy, realizado em Volta Redonda, sai do evento com o primeiro trabalho de estúdio da banda intitulado como Rain of Hate.

Este CD contém 10 faixas e o processo de gravação independente durou dois anos, entre 2010 e 2012, ano de lançamento do trabalho que foi produzido por Hercílio Confort Júnior e a Nivander Silva e gravado no estúdio "No Tom". A arte feita por Elvis Benício é simples, mas de acordo com a embalagem no qual vem o CD. Quem adquirir esse registro terá acesso a todas as letras da banda, num encarte simples, mas que permite acompanhar cada faixa e saber o que a banda tem a apresentar em suas letras. 



Acredito que qualquer um que seja fã do velho Sepultura, Slayer e Kreator irão apreciar a sonoridade da Stodgy, a seguir irei explicar o porquê dessa afirmação.

A faixa de abertura Plague of God é longa, passa dos 7 minutos, mas já coloca as cartas na mesa em relação ao que haverá ao longo de todo o trabalho, ou seja, brutalidade, técnica, um pouco de cadência, mas principalmente riffs violentos e destruição.  Tudo isso arquitetado pelos músicos da banda que apresentam qualidade e experiência individual e entrosamento no coletivo. O mesmo é visto nas faixas How Philosophise With a Hammer e Seeking For War.  
Na faixa 4 - Terrorist - a banda explora sobre o atentado de 11 de setembro de 2001 em Nova York e a faixa não se destaca somente por isso, mas também pelo trampo das guitarras de Paulo Bittencourt e Neive Rodrigues e o vocal de Bruni Fidelis.  
Em seguida vem à faixa 5 - Mental Poisoning - com uma introdução de baixo executada por Daniel Tiago abrindo mais uma faixa pra balançar o crânio.
Destaco a faixa 6 - Storm - por ter um misto de brutalidade e cadência onde as guitarras apresentam seu sincronismo e peso, além do solo ao cadenciar a música, a bateria pelo trabalho dos bumbos e caixa garantindo a velocidade e brutalidade, mas quando necessário a cadência e peso pra fazer desta uma das faixas mais trampadas do CD, o vocal como nas demais músicas estão bem encaixados e não saturam a faixa, dando espaço para o trampo dos demais instrumentos resumindo numa música coesa que explora elementos do Thrash e Death Metal.
A faixa 7 - Murder Psychosis - é mais uma faixa bem trabalhada, próximo ao fim da música 3 vozes com efeitos narrando trechos diferentes simultaneamente criam uma atmosfera sombria bem encaixada com a temática da música.

A faixa que mais chamou a minha atenção e também destaco é a faixa 8 - Death Revolution - essa eu já tinha apreciado ao assistir a apresentação da banda ao vivo, mas após ter o CD em mãos pude identificar qual era a faixa e mais detalhes da mesma e trampo executado pela banda.  A música inicia com os instrumentos limpos e sincronizados, baixo, batera e as guitas cada um falando ao seu tempo criando uma atmosfera melodiosa até que simultaneamente todos viram a mesa e as guitarras já distorcidas junto do vocal monstruoso de Bruni Fidelis preparam o ambiente para o que vem pela frente, e não poderia deixar de destacar o trabalho de Junin durante a faixa na batera, que fazem em minha opinião essa a faixa mais marcante do CD (que não significa ser a mais brutal), em resumo, riffs violentos, peso e brutalidadade e um refrão que é pra cantar junto "War, Pain, Wrath, Destruction" numa faixa para os bangers moer carne no mosh pit e balançar muito o crânio por mais de 5 minutos sem parar.
Em seguida vem Thrash 'till Death outra faixa que se destaca já pelo título e tem uma boa construção explorando bases na Thrash e Death, mostrando a capacidade da banda em mesclar os dois estilos e repete as mesmas características que as demais faixas do CD.
E para fechar o CD a música de trabalho Rain of Hate que segue a linha das faixas destacadas acima, agressividade, peso e cadência bem coezos e encaixados que são características já marcantes na sonoridade tanto ao ouvir o CD quanto ao numa apresentação ao vivo da banda, é mais uma faixa pra moer carne e balançar o crânio, completando assim a destruição que é proporcionada pela banda nesse trabalho.
O CD se encerra melhor do que começa nos saudosos tempos do vinil eu diria que o lado B seria o melhor lado do Disco, pelo menos em minha opinião. 

Stodgy no Hellsende 1 - Resende/RJ
Há detalhes que podem e deverão ser ajustados numa próxima gravação, mas que são simples e não interferiram na qualidade e êxito desse álbum lançado de forma independente.

A banda já trabalha em novas composições como apresentado no último show em Volta Redonda, chamado “Blood Vengeance”, que apresentam melhorias e criam expectativas para um futuro trabalho.
Confira ao vivo a banda Stodgy e adquira esse material Rain of Hate, e isso não será simplesmente um apoio a banda e ao underground da região, mas aquisição do material de uma das bandas mais ativas e importantes da Região Sul Fluminense.  Adquira o seu!!!

STODGY
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E-mail: stodgyband@hotmail.com





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