sexta-feira, 19 de abril de 2013

LACERATED AND CARBONIZED: A INSPIRAÇÃO E BRUTALIDADE DO SOM ESTÁ A NOSSA VOLTA!


No Rio de Janeiro tem surgido ótimas bandas, algumas delas tem ido além das fronteiras estaduais e regionais e no caso do Lacerated and Carbonized eles estão rompendo as fronteiras continentais.
A banda já se prepara para uma nova turnê Sul Americana e Europeia que será complemento e continuidade ao novo CD que será lançado a partir de Maio de 2013.

Nesta entrevista conversamos com Caio Mendonça guitarrista da banda que nos atendeu em meio a correria e compromissos com a gravação do novo Video Clipe da banda.
A banda e seus feitos já são conhecidos mas tentamos abordar alghumas questões que apresentem um pouco mais da Lancerated and Carbonized.
Boa Leitura e no final deixe seu comentário.


FORMAÇÃO DA BANDA:
Jonathan Cruz (vocal),
Caio Mendonça (guitarra),
Paulo Doc (baixo) e
Victor Mendonça (bateria).


OVER METAL (OM) - PRIMEIRAMENTE OBRIGADO POR NOS ATENDER E CONCEDER ESTA ENTREVISTA PRESTES A LANÇAR UM NOVO TRABALHO.
Caio Mendonça - Eu que agradeço pela oportunidade, Filipe e OverMetal! Como você disse, estamos para lançar um novo álbum, “The Core Of Disruption”, aqui no Brasil através da Eternal Hatred Records. Todos podem esperar por um trabalho nada menos do que matador!

OM - É PADRÃO PERGUNTAR SOBRE A ORIGEM DE TODAS AS BANDAS, ENTÃO VOLTANDO UM POUCO NO TEMPO FALE DA HISTÓRIA DO SURGIMENTO DA BANDA, NOS CONTE RESUMIDAMENTE COMO NASCEU A LACERATED AND CARBONIZED (LAC) E O PORQUÊ DA ESCOLHA DESSE NOME?
Caio – Eu, o vocalista Jonathan Cruz e o baixista Paulo Doc já tocávamos juntos em outros projetos antes da formação do LAC. Como nosso desejo sempre foi tocar Death Metal, a criação da banda foi uma consequência disso. Pouco antes de entrarmos em estúdio para gravar a demo “Chainsaw Deflesher”, o baterista Victor Mendonça uniu-se a nossa empreitada. Lacerated And Carbonized é um nome forte e representa bem o Death Metal que a gente toca: impiedoso!

OM - QUAIS ERAM AS INFLUÊNCIAS NO COMEÇO E HOJE, MESMO COM UMA IDENTIDADE PRÓPRIA E BONS TRABALHOS LANÇADOS, O QUE É INSPIRAÇÃO OU REFERÊNCIA?
Caio – Posso citar como principais influências do LAC o Death Metal do Morbid Angel, a correria do Krisiun e os grandes riffs do Slayer e Black Sabbath. Tendências vêm e vão a toda hora, mas algumas dessas bandas estão aí há 20, 30 anos. Isso tem um significado.

OM - O ALBUM FULL LENGTH "HOMICIDAL RAPTURE" (2011), LEVOU A BANDA A UMA TOUR SUL-AMERICANA.  COMO FOI A RECEPÇÃO E QUAL A DIFERENÇA QUE VOCÊS PERCEBERAM ENTRE O PÚBLICO DO CHILE, EQUADOR, COLÔMBIA, BOLÍVIA E PERU EM RELAÇÃO AO PÚBLICO BRASILEIRO (COMPORTAMENTO E INTERAÇÃO DURANTE O SHOW)?
Caio – Até hoje tenho ótimas lembranças dessa tour! O público de toda a América latina é bem semelhante aos fãs brasileiro com relação à forma calorosa e brutal de demonstrar que está curtindo a banda. A principal diferença a meu ver é que o público dos países citados é mais “Old School”, menos adeptos a sons modernos.

OM - O QUE FOI POSITIVO NAQUELA PRIMEIRA TOUR SUL-AMERICANA? DESSA EXPERIÊNCIA QUAIS FORAM AS LIÇÕES APRENDIDAS?
Caio - A “Homicidal South American Tour” foi nossa primeira grande empreitada fora do Brasil. Esta tour nos rendeu ótimos frutos, como o lançamento do álbum “Homicidal Rapture” no Peru e sendo distribuído para toda a américa latina. Até hoje recebemos mensagens de produtores e fãs e convites para um retorno. A principal lição que tiramos disso é que a banda não pode ficar parada, fechada em seu mundinho. Se você não rodar o máximo possível e mostrar seu material, a banda morre.


OM - EM 2012 FOI LANÇADO O SINGLE "THIRD WORLD SLAVERY". HAVIA GRANDE EXPECTATIVA PELA QUALIDADE E DEDICAÇÃO INVESTIDOS NO TRABALHO.  QUAL A AVALIAÇÃO QUE VOCÊS FAZEM DO FECHAMENTO E RESULTADOS OBTIDOS COM O SINGLE?
Caio – Esse single trás três músicas retiradas do vindouro álbum, “The Core Of Disruption”, e cumpriu muito bem seu papel de mostrar a nova cara do LAC, tanto no Brasil quanto na Europa. O LAC atual está muito mais maduro e experiente, e isso se refletiu no resultado da gravação do álbum.

OM - EM 2012 ACONTECEU A TOUR PELA EUROPA EM SUPORTE AO EP “THIRD WORLD SLAVERY” (RÚSSIA, HOLANDA, ALEMANHA, DINAMARCA, REPUBLICA TCHECA, ÁUSTRIA, ITÁLIA, ALEMANHA, INGLATERRA E SUÍÇA) COMO FOI A TOUR?
Caio – A verdade é que uma banda não representa nada se não está em turnê, mostrando seu som para o maior número de pessoas possível. A resposta que você tem com uma tour é impressionante. Nós esgotamos todo o nosso merchan nesta tour europeia, desde camisas, CDs, o single... Vivemos ótimos momentos e aprendemos muito. Rodamos toda a Europa ao lado dos Americanos do Vile e dos italianos do Slaughter Denial, tocamos em festivais europeus ao lado de grandes bandas como Grave, Malignant Tumour, ProPain e muitas outras.
Uma tour extensa não é para qualquer um, pois você enfrenta uma rotina diária muito desgastante, mas apesar da correria insana, as conquistas e realizações fazem tudo valer a pena.


OM - O SEGUNDO ALBUM “THE CORE OF DISRUPTION”, TINHA UMA PREVISÃO DE SER LANÇADO NO BRASIL NO FINAL DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2012 PELA ETERNAL HATRED RECORDS. A CIRURGIA EMERGENCIAL DO CAIO EM 07/11/2012 ESTÁ RELACIONADO AO ADIAMENTO DO LANÇAMENTO PARA MAIO DE 2013 OU OUTROS FATORES GERARAM ESSE ADIAMENTO?
Caio – Fui internado às pressas graças a uma apendicite aguda. Como a recuperação levou quase um mês, tivemos que cancelar alguns shows e isso atrasou um pouco os planos do LAC, mas o principal motivo para o CD só estar sendo lançado agora é a negociação com os canais de distribuição nos EUA e Europa. Infelizmente, analisar e renegociar questões contratuais leva tempo.

OM - NESTE NOVO TRABALHO VOCÊS ADIANTARAM SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE FELIPE CHEHUAN & MAX MORAES (CONFRONTO), EREGION (UNEARTHLY) E GUILHERME SEVENS (PAINSIDE), TODOS DO RIO DE JANEIRO - QUAL O RESULTADO ESPERADO COM ESSAS PARTICIPAÇÕES NO CD?
Caio - Nós quisemos trazer convidados para o álbum que pudessem somar. Todos os envolvidos são muito talentosos, fazem parte de algumas das melhores bandas do nosso cenário e, acima de tudo, se identificaram com o tema do álbum, pois são moradores do Rio de Janeiro e se relacionam diariamente com nossa realidade. Definitivamente, fizemos as escolhas certas, pois o resultado não poderia ter ficado melhor!

OM - HÁ UMA EVOLUÇÃO TRABALHO APÓS TRABALHO NA TÉCNICA, VELOCIDADE E BRUTALIDADE SONORA - O QUE A BANDA VÊ COMO MAIOR EVOLUÇÃO AO LONGO DESSES 6 ANOS, QUE FICARÁ EXPLÍCITO NESSE NOVO ALBUM?
Caio - A evolução é constante. Toda vez que entramos em estúdio ou fazemos uma nova tour a gente dá um passo a frente, fazemos as coisas acontecerem. O álbum "The Core Of Disruption" representa isso, um LAC maduro e visceral.

OM - HAVERÁ SÓ FAIXAS INÉDITAS OU TERÁ REGRAVAÇÕES?
Caio – Todas as faixas do novo álbum serão inéditas. Algumas dessas músicas foram executadas na nossa última tour Europeia e a resposta foi extremamente brutal. Todas funcionaram muito bem ao vivo.

OM - AS LETRAS DA LAC TEM COMO BASE A VIOLÊNCIA INTENSA DA CIDADE MARAVILHOSA (RIO DE JANEIRO), POR PARTE DA POLÍCIA, TRÁFICANTES E MILÍCIAS.  COMO SERÁ A TEMÁTICA ABORDADA NESTE NOVO CD?
Caio - Nós não precisamos de uma letra estritamente gore para transmitir uma mensagem forte. Quando estávamos compondo o novo álbum, decidimos usar a realidade da nossa cidade, que por sí só já é extremamente brutal, como alicerce principal. Algumas letras abordam um lado mais psicológico do indivíduo à mercê deste cotidiano de violência, algumas são diretas e cruas e outras retratam fatos marcantes que mancharam de sangue o povo carioca, como a Chacina da Candelária e o Massacre de Realengo.


OM - FALE MAIS SOBRE O PROCESSO DE GRAVAÇÃO DO “THE CORE OF DISRUPTION”
Caio - O álbum foi mixado e masterizado na Alemanha pelo produtor Andy Classen. Já conversávamos há um tempo em trabalharmos juntos nesse álbum e acabou que conseguimos conciliar a agenda de todos os envolvidos. Optamos por gravar o álbum aqui no Rio de Janeiro mesmo, no HR Studios, pois sabíamos que no HR conseguiríamos ter as ferramentas necessárias para chegar ao melhor resultado possível, além de equipamentos e instrumentos de ponta. Eu mesmo produzi o álbum, pois sabia exatamente o som que queria e como consegui-lo, e os técnicos de gravação foram Flávio Pascarillo e Júlio Oliveira. Nós demos 110% de nós mesmos para que o álbum ficasse o melhor possível. Estamos colhendo os frutos desse suor.


OM - A CAPA DO NOVO ÁLBUM JÁ FOI PUBLICADA E JÁ TEM RECEBIDO ELOGIOS. FALEM SOBRE A CONCEPÇÃO DA MESMA - COMO A BANDA CHEGOU A ESCOLHA, QUEM FEZ E A IDÉIA A SER TRANSMITIDA ATRAVÉS DELA?
Caio - A capa do álbum não poderia ter ficado melhor. Ela representa perfeitamente o conceito do álbum, trazendo explícita e implicitamente tudo o que estamos transmitindo em nossas letras. A ideia para os elementos da capa veio de toda a banda, porém a criação da arte foi uma parceria entre o artista Raphael Gabrio (Insane Visions) e eu.

OM - COMO SERÁ A DISTRIBUIÇÃO DESSE NOVO CD COM ONZE FAIXAS BRUTAIS NO BRASIL E FORA DO /AMERICA DO SUL/EUA)? O QUE JÁ ESTÁ DEFINIDO? PAÍS (EUROPA)?
Caio - O CD está sendo lançado no Brasil pela Eternal Hatred Records e será distribuído para todo o território pela Mutilation Records e pela Voice Music. O CD também será distribuído na América do Norte e lançado na Europa. Muito em breve anunciaremos o nome das gravadoras envolvidas.

OM - QUANDO E COMO SURGIU A PARCERIA COM A RF DIVULGAÇÕES E MS METAL PRESS? QUAIS OS BENEFÍCIOS JÁ ALCANÇADO COM ESSA PARCERIA?
Caio - Tanto a MS Metal Press quando a R&F Divulgações estão fazendo um excelente trabalho de promoção para a banda. Com um novo álbum prestes a ser lançado, não poderíamos desejar por um serviço melhor. A MS atua em larga escala no Brasil e a R&F tem escritório tanto no Brasil quanto no México, ampliando ainda mais nossa rede de divulgações.


OM - AO QUE VOCÊS CREDITAM O ÓTIMO RETORNO E ACEITAÇÃO DA LAC NA CENA NESTES 6 ANOS DE ESTRADA?
Caio - Muito trabalho. E esse trabalho vem agregado de muita qualidade. Não nos permitiríamos oferecer aos nossos fãs nada menos do que isso.

OM - EM RELAÇÃO ÀS BANDAS DE DEATH METAL QUAL A SUA PERCEPÇÃO QUANTO A CENA BRASILEIRA, HÁ MUITA BANDA QUE É MAIS DO MESMO, ESTÁ SATURADO OU HÁ UMA RENOVAÇÃO E BOAS BANDAS QUE NÃO DEVEM NADA AS BANDAS GRINGAS?
Caio - Nós temos nosso próprio estilo, batizado pelos Europeus de "Death Metal Brasileiro". Esse Death Metal vem com muita raça enraizada no som, pois aqui as coisas são mais difíceis de serem conquistadas. As bandas brasileiras de Death Metal são muito boas e com grande qualidade, porém não são todas que estão dispostas a meter a cara, mas quem mete sabe que os estrangeiros respeitam muito o Brasil e suas bandas.

OM - O PÚBLICO (BANGER) BRASILEIRO É EXTREMAMENTE CRÍTICO - ALGUNS SÃO ABERTOS A NOVAS IDÉIAS OUTRAS NÃO ABREM MÃO DE QUE AS BANDAS DE METAL SEJAM FIÉIS AO HEAVY METAL E NÃO TOLERAM MISTURAS DE OUTROS ESTILOS DE MUSICA OU ELEMENTOS DA CULTURA E FOLCLORE BRASILEIRO (POR EXEMPLO) - COMO A LAC ENCARA ISSO - USARIA EM ALGUM NOVO PROJETO MISTURA DE ELEMENTOS PARA TRABALHAR UMA IDÉIA OU TEMA? FALE UM POUCO SOBRE O QUE VOCÊS PENSAM SOBRE ISSO!
Caio - Música não tem fronteira. Se você deixar de expressar suas ideias em virtude do pensamento de outras pessoas, estará boicotando a si mesmo. No passado, o Sepultura utilizou elementos percussivos, mostrando um pouco das origens brasileiras para o mundo. O Krisiun no novo álbum somou violão gaúcho ao Death Metal. Esses são só alguns exemplos de bandas com grande nome que não ficaram presos ao "pensamento padrão", mas agregaram positivamente elementos extras ao Metal à sua música.

OM - NA OPINIÃO DE VOCÊS SE UMA BANDA É BEM ACEITA NA CENA BRASILEIRA TEM GRANDE PROBABILIDADE DE ESTOURAR LÁ FORA OU INDEPENDE DISSO?
Caio - Isso é independente. A banda pode ser bem aceita aqui no Brasil, mas os fatores envolvidos são muitos para dizer se conseguirão ou não cativar o público de outros continentes. É claro que se a banda tiver boas composições e realizar turnês constantemente, as chances são grandes de fazer seu nome internacionalmente.


OM - QUAL A OPINIÃO DA BANDA QUANTO A ESTRUTURA DOS SHOWS ATUAIS NO RIO E NO BRASIL (ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA DE SOM, SUPORTE AS BANDAS, ETC) COMPARADO AO QUE VOCÊS ENCONTRARAM NOS DEMAIS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL E EUROPA?
Caio - A estrutura no Brasil está melhorando muito, mas ainda é muito precária. Até mesmo países bem mais pobres que o Brasil, como Bolívia e Peru, possuem equipamentos melhores e fornecem uma estrutura melhor para as bandas. Para contornar esta situação, o LAC possui backline de palco completo, e sempre que a gente viaja, levamos tudo conosco. Assim a gente tem a certeza de estar sempre fornecendo o melhor ao público em todos os nossos shows.

OM - PARA QUE AS BANDAS BRASILEIRAS ALCANCEM MAIOR RECONHECIMENTO O QUE É NECESSARIO MUDAR?  É SONHAR ALTO DEMAIS PENSAR QUE NO BRASIL HAVERÁ EM ALGUM MOMENTO O NÍVEL DE QUALIDADE, ORGANIZAÇÃO E INVESTIMENTO QUE EXISTE LÁ FORA PARA O HEAVY METAL E SUAS DIVERSAS VERTENTES?
Caio - Enquanto que na Europa existem pessoas vivendo exclusivamente do metal, sejam motoristas de van, tour managers, músicos, produtores ou gravadoras, aqui no Brasil a falta de profissionalismo e comprometimento ainda são muito grandes. Todos precisam acreditar mais no seu trabalho, meter as caras, agir com honestidade e determinação para poder começar a crescer e difundir seu trabalho.

OM - NA DÉCADA DE 80 BELO HORIZONTE FOI O BERÇO DO METAL EXTREMO BRASILEIRO, HOJE VEMOS O RIO DE JANEIRO COMO BOM CELEIRO DE BANDAS BRUTAIS E EXTREMAS QUE ESTÃO ALCANÇANDO ESPAÇO E RESPEITO NA CENA BRASILEIRA E ALGUMAS COMEÇANDO A TER OPORTUNIDADES FORA DO PAIS.
QUAL A OPINIÃO E AVALIAÇÃO DA BANDA SOBRE ISSO?
Caio - Aqui no Rio de Janeiro são raras as bandas "antigas", com um grande histórico de cds lançados e que continuam lutando na cena década após década. De alguns anos para cá, o quadro está mudando e a cena está se fortificando com o aparecimento de novas bandas de grande qualidade e tornando o Rio de Janeiro rota garantida de bandas estrangeiras. Ainda são poucas as bandas que se aventuram em tours internacionais. Posso citar como exemplo as bandas Unearthly, Confronto, Grave Desecrator e ColdBlood, que frequentemente encaram o desafio e metem a cara pelo mundo.

OM - CITEM 5 (DE TANTOS) ALBUNS DO METAL MUNDIAL QUE SÃO CLÁSSICOS E GRANDES REFERÊNCIAS PARA A LAC.
Caio - Sabbath Bloody Sabbath (Black Sabbath), Arise (Sepultura), Reign in Blood (Slayer), Conquerors Of Armageddon (Krisiun) e M-16 (Sodom).

OM - HÁ VARIAS QUESTÕES DA ATUALIDADE QUE DIVIDEM A OPNIÃO PÚBLICA E SEMPRE PERGUNTO AOS INTEGRANTES DE BANDA SOBRE A OPINIÃO E VISÃO RELACIONADOS A TAIS TEMAS.
COM ISSO EM BREVES PALAVRAS FALE SOBRE:
> Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil:
Caio - É inegável que os jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e a Copa do Mundo no Brasil trarão grande benefício à sociedade, todavia, o Brasil é um país ainda emergente, com muitas carências sociais a serem resolvidas. O investimento está sendo gigantesco nas obras, porém a sociedade ainda padece com um sistema de saúde falido, educação sucateada, segurança, habitação...
> Cracolândia:
Caio - Faz parte da nossa "paisagem natural". É algo que temos que conviver diariamente, e não são medidas paliativas, somente retirando essas pessoas da rua, que resolverão o caso.
> Redução da maioridade penal para 16 anos:
Caio - Eu sou a favor da redução da maioridade penal para crimes hediondos. Sei que isso não resolve a causa da violência em nosso país, e que nosso sistema carcerário é falido, mas acredito que um jovem deve ser punido pelo crime que comete, de acordo com a gravidade.
> Prisão perpétua e pena de morte:
Caio - Apesar de eu ser totalmente a favor, reconheço que o Brasil infelizmente não está pronto para implantar a pena de morte. Para tal, precisaríamos de um sistema judiciário eficaz para não mandar um inocente à morte. E sabemos que esse não é o quadro atual.
> Atual governo federal:
Caio - O atual governo está manchado pelos escândalos de corrupção. Mesmo assim, o Brasil mais do que nunca possui uma política externa muito forte, continua crescendo, as taxas de desemprego em algumas partes da Europa estão atingindo 10%, enquanto que no Brasil os números continuam caindo, o Brasil conseguiu se manter estável durante a crise econômica... Acredito que está na hora de mudanças, mas essas mudanças tem que vir para somar, e não representar um retrocesso.



OM - A BANDA MANTEVE SUA FORMAÇÃO, AO CONTRÁRIO DA INSTABILIDADE E CONSTANTES MUDANÇAS NO LINE-UP, ALGO QUE ATRAPALHA MUITO O BOM DESENVOLVIMENTO DE UMA BANDA - AO QUE SE DEVE ESSA REGULARIDADE NO LINE-UP DA LAC?
Caio - Essa regularidade se deve ao fato de todos sermos amigos e termos o mesmo objetivo: fazer com que o LAC cresça cada vez mais.

OM - EM 6 ANOS MUITA COISA JÁ ACONTECEU, FALE SOBRE EXPERIÊNCIAS MARCANTES OS FATOS CÔMICOS QUE JÁ TENHAM ACONTECIDO.
Caio – Experiências marcantes foram muitas. É ótimo poder mostrar nossa música para o maior número possível de pessoas e ao mesmo tempo conhecer o mundo, estar cada dia em um país diferente, conhecer novas pessoas, culturas, comidas...
Fatos cômicos e inusitados quando você está na estrada são constantes. Lembro, por exemplo, que depois de uma noitada no Peru viajamos para o Chile. Estávamos muito bêbados e o Victor não conseguiu fingir seu estado para os agentes de fronteira. Ele foi levado para interrogatório, mas depois de explicar que era de uma banda de metal e que estava em tour, o interrogatório mudou. Ao invés de perguntar suas intenções, eles ficaram curiosos sobre o dia a dia na estrada, por onde a gente já tinha passado e para onde íamos, pediram CDs. Pareciam fãs de longa data da banda!

OM - OS BANGERS QUE QUISEREM ADQUIRIR MATERIAL (EP/CD´S/CAMISAS/OUTROS) DA LAC QUAIS SÃO OS MEIOS E CANAIS PRA ISSO?
Caio – Para acompanhar as novidades da banda, adquirir o novo álbum, camisas e conhecer um pouco mais do LAC, é só acessar WWW.LACERATEDANDCARBONIZED.COM.
OM - AGENDA 2013 O QUE JÁ ESTÁ FECHADO?
Caio – Temos algumas datas agendadas no Brasil, como o lançamento do novo álbum aqui no Rio de Janeiro em 11 de maio e o “Avalanche Metal Fest” em São José do Rio Preto em agosto. Além disso, estamos agendando algumas datas na Argentina para julho e uma nova tour Europeia no final do ano.

OM - CONSIDERAÇÕES FINAIS - DEIXE UM RECADO PARA O LEITORES DA OVER METAL?
Caio – Agradeço novamente o espaço e o apoio que a Over Metal dá ao LAC e ao Metal brasileiro. Espero que todos os Bangers curtam o novo álbum do LAC, “The Core Of Disruption”, que está brutal! Mantenham-se fiéis aos seus ideais e frequentem o underground! 

OBRIGADO CAIO PELA ENTREVISTA E TEMPO DEDICADO AO OVER METAL ZINE.
NOS MANTENHA INFORMADO SOBRE AS NOVIDADES DO LAC.

ATÉ A PRÓXIMA
FILIPE LIMA
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